Filipe Faria é o criador da série de livros "As Crónicas de Allarya". Esta saga, uma das mais vendidas de Fantasia em Portugal, inspirou vários escritores a atirarem-se para a Fantasia.
Por isso, nós propusemos-lhe uma entrevista, que, muito simpaticamente, aceitou.
Bom dia, Filipe Faria. Muito obrigado por ter aceitado esta entrevista.
- Você é intitulado por muitos como o pioneiro da High Fantasy em Portugal. Vendeu mais de 60.000 exemplares. Diga-me, como soube que queria ser escritor?
Não posso dizer que soubesse que queria ser escritor; a única coisa que soube desde muito cedo foi que gostava de escrever. Gostava mesmo. De escrever e de contar histórias; o que é que nunca associei isso a uma possível ocupação. Daí até ter o meu primeiro livro publicado... Foi sem dúvida um desenvolvimento inesperado, digo-o sem qualquer falsa modéstia, mas também não tive quaisquer problemas em deixar-me levar pelos acontecimentos.
- J. R. R. Tolkien foi um dos seus inspiradores. Se lhe pudesse dizer alguma coisa, o que seria?
- Quando começou a imaginar esta Saga?
Uns doze anitos; umas quantas ideias talvez um pouco antes.
- Todas as personagens mantiveram-se inalteradas desde que as imaginou, em criança?
Nem por sombras. Todas elas cresceram comigo e algumas até foram substituídas por outras antes de sequer entrarem na história.
- Qual é a sua personagem preferida? Porquê?
Não tenho. Cada um dos companheiros representa uma faceta da minha personalidade. De resto, a saga está repleta de personagens mais ou menos bem conseguidas, nenhuma das quais possa considerar uma favorita, embora tanto Seltor como Aereth Thoryn me tenham dado particular prazer a escrever, muito em parte graças à índole subversiva de ambos enquanto arquétipos de fantasia. Sobretudo o primeiro.
- Mudando um pouco de assunto. Enquanto escritor, a literatura deve ser uma paixão para si. Quais são os seus livros preferidos?
Só houve um que realmente me marcou (pista: está relacionado com anéis). Por muitos livros que tenha lido e que me agradaram a vários níveis e de várias outras formas, nenhum outro causou em mim a mesma impressão, nem nada que se lhe pareça. Fui literariamente desflorado por ele.
- Que livro está a ler, actualmente?
- O seu último livro – Oblívio – da colecção As Crónicas de Allarya foi lançado há pouco tempo. Como estão a correr as vendas?
Em Julho logo falamos. Mas tanto quanto me foi dado a entender, bastante bem.
- Uma pergunta de todos os seus fãs: Quando acha que sairá o seu próximo livro?
10. Para terminar, o que diria aos inúmeros jovens que desejam ser escritores?
Que devem fazer a seguinte pergunta a si mesmos: agrada-lhes a ideia de escrever, ou a ideia de um dia terem escrito? É o acto da escrita que os estimula, ou a ambição de um dia terem um livro publicado? Façam essa pergunta a vós mesmos. Se a resposta for a segunda, posso adiantar-vos desde já que nunca acabarão de escrever um livro.
Só nos resta agradecer ao Filipe Faria e desejar-lhe as melhores felicidades. E que venham mais livros!
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